Na tarde de terça-feira (14), a filha do dono de um veículo afetado por combustível supostamente adulterado compareceu ao posto de gasolina para requerer um teste de qualidade. Ela foi informada pelos funcionários que eles não sabiam realizar esse procedimento, apesar de ser exigido pela ANP (Agência Nacional de Petróleo).
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Depois de esperar por algum tempo, um outro funcionário chegou ese ofereceu para realizar o teste, mas não permitiu que a cliente escolhesse a bomba para coletar a amostra de combustível. Além disso, o funcionário alegou que vinha tentando contatar seu supervisor há uma semana, sem sucesso.
A mulher gravou um vídeo no local, onde explica a situação, veja:
RELEMBRE O CASO
Conforme relatado por uma fonte anônima que denunciou à TV Hortolândia, um posto de gasolina situado em frente a uma loja de piscinas na Avenida São Francisco de Assis, no bairro Vila Real, em Hortolândia, estaria comercializando combustível adulterado com solvente.
“Eu já desconfiava, pois algumas pessoas falavam que o combustível não era bom. Quando a gente foi pra São Paulo eu fiquei na rua, o carro simplesmente parou […] e a gente precisou acionar o seguro para guinchar o carro”, disse.
Depois do incidente e da confirmação por um mecânico qualificado de que o problema estava relacionado ao combustível, o tanque do veículo foi esvaziado. Além disso, o combustível danificou várias peças novas do carro, que haviam sido substituídas recentemente. “A gente ficou com medo do carro pegar fogo, por quê esquentou muito”, completou.
DESRESPEITO
Na tarde desta segunda-feira (13) à tarde, o dono do carro afetado foi ao posto de gasolina para solicitar um teste de qualidade, que é um direito garantido a todos os consumidores, e os frentistas devem ser qualificados para realizá-lo conforme as regulamentações da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No entanto, quando solicitou o teste, o proprietário teve seu pedido negado.
“Meu pai foi extremamente maltratado no posto, uma das funcionárias inclusive fez piadinha com meu pai, um senhor de 78 anos”, complementou a filha do dono do carro afetado.
Ela disse à TV Hortolândia que planeja denunciar o posto e possui todas as notas fiscais, além de ter realizado uma análise no veículo para confirmar a alta concentração de solvente no combustível. O conserto do veículo custou mais de R$ 3.000, incluindo peças e mão de obra.
AVALIAÇÃO MECÂNICA
Imagens e áudios foram enviados para nossa redação pelo mecânico responsável, que confirmou a causa dos danos causados ao veículo: “Tirei os bicos desse carro pra limpar, e a gasolina desse carro está adulterada. Tá querosene puro, querosene puro…”, afirmou o profissional.
O OUTRO LADO
A redação da TV Hortolândia tentou entrar em contato com o posto de combustível, mas não obteve sucesso. O espaço está aberto para qualquer posicionamento da empresa em relação à situação.
Direto da Redação
Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Reprodução