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Abril Azul: Hortolândia ilumina Ponte da Esperança em homenagem ao mês do autismo

A fim de chamar a atenção das pessoas, provocando o debate em torno do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a Prefeitura de Hortolândia iluminou de azul a Ponte da Esperança, um dos principais cartões postais da cidade. De acordo com a Secretaria de Planejamento Urbano e Gestão Estratégica, o equipamento viário ganhou iluminação especial desde a última sexta-feira (01/04) e assim ficará durante todo o mês, em razão do “Abril Azul”, mês em que se celebra o Dia Mundial do Autismo (02/04).

O autismo é “uma condição de saúde caracterizada por déficit em duas importantes áreas do desenvolvimento: comunicação social e comportamento. Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Tão abrangente que se usa o termo ‘espectro’, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico”, afirma a Revista Autismo.

De acordo com o Setor dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Diretoria de Direitos Humanos, existem cerca de 150 alunos com Transtornos do Espectro do Autismo matriculados na rede municipal de ensino, atualmente, acompanhados pelo Setor de Educação Especial e Inclusiva. Professores do AEE (Atendimento Educacional Especializado) e demais profissionais da Educação recebem formação específica promovida periodicamente pela Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia. Outro serviço prestado pela Administração Municipal é emissão gratuita da CIA (Carteira de Identificação do Autista) pelo Departamento de Direitos Humanos e Políticas Públicas para as Mulheres, órgão da Secretaria de Governo. Até o momento, já foram emitidas 129 carteirinhas. Pais, responsáveis ou a própria pessoa com TEA podem solicitar à Prefeitura o documento no HORTOFÁCIL, central de serviços municipais, localizada na Rua Argolino de Moraes, 405, na Vila São Francisco. Basta ir ao órgão, das 8h30 às 12h, às terças e quintas-feiras.

Algumas dicas para lidar com pessoas com TEA:

• Tenha paciência, persistência, amor e procure compreender o que cada comportamento quer te dizer;

• Não faça por ele, estimule-o a executar a tarefa;

• Estabeleça rotina – de preferência visuais; aos poucos, vá acrescentando outras tarefas;

• Sempre que a rotina for alterada, converse antecipadamente sobre a mudança;

• Procure descobrir o que o incomoda – sons altos, muitas luzes, sabores de alimentos, multidões etc;

• Procure descobrir seus interesses; este será o caminho para você se aproximar e ajudá-lo a desenvolver-se;

• Procure respeitar quando perceber que ele precisa ficar sozinho, ou repetir movimentos ou palavras, compreenda que ele utiliza deste comportamento para reequilibrar-se;

• Brincar de esconde-esconde (aqui você tem que pensar onde seria difícil pra outra pessoa te encontrar, tem que prever acontecimentos);

• Ofereça brinquedos, jogos diferentes;

• Mostre-o no espelho;

• Estimule-o na coordenação motora global, equilíbrio, percepções, sentidos, etc;

• Construa bonecos com diversos materiais e diversas texturas;

• Brincar de teatro (cada um é uma personagem e juntos podem construir como ela pensa, age, veste);

• Jogo de mímica em que um finge que é algo para outro adivinhar (a criança tem que se colocar no lugar da personagem, animais, para imitá-lo);

• Jogo de perguntas para dedução (a criança vai ter que analisar as perguntas para ver qual resposta se encaixa melhor);

• Planejar programas em família! (pensar no que cada um gostaria, no que pode acontecer e prevenir se pode acontecer algo inesperado como uma chuva… se acontecer, o que fazer?);

• Adivinhações e enigmas (o que é o que é, qual é a música, qual é o filme, brincar de detetive);

• Piadas;

• Ver filmes, desenhos ou novelas juntos para explicar as brincadeiras (senso de humor) e o sarcasmo e também os sentimentos (porque a personagem chorou ou ficou preocupada?);

• Colocar figuras em ordem para formar uma historinha (previsibilidade);

• Quebra cabeças (previsibilidade);

• Jogos de tabuleiros (previsibilidade, esportiva, saber lidar com frustração e espera).

• Jogos geradores de conversas como o Puxa Conversa e o que você faria se…

• Playmobil (Se colocar no lugar de personagens em castelos, florestas, etc)

• Vídeo game, tablet (previsibilidade, frustração, persistência – junte-se a ele, não o deixe isolado)

• Criar funções diferentes para o mesmo objeto (banana vira telefone, vira uma meia lua, etc)

• Desenhar rostos no quadro ou caderno de acordo com o sentimento falado ou a história contada; na escola procure trabalhar sempre que possível dentro do mesmo conteúdo que está sendo oferecido para sala, talvez seja necessário diversificar as estratégias.

Imagem e informações: Prefeitura de Hortolândia

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