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Advogada pede para deixar defesa de padrasto de Maria Clara

Advogado indicada pela defensoria pública para defender Cássio Martins Camilo, de 27 anos que confessou de ter estuprado e matado Maria Clara Calixto Nascimento de 5 anos pediu para deixar o caso. O crime aconteceu no dia 18 de dezembro de 2020, no bairro Vila Real, em Hortolândia.

Advogada foi nomeada pela defensoria pública do Estado de São Paulo para defender o acusado no dia 3 de fevereiro. Então advogada pediu renúncia do caso e apontou que suas próprias filhas ajudaram nas buscas de Maria Clara enquanto estava desaparecida. O pedido foi aceito pelo 2° Juiz Vara Judicial de Hortolândia.

O CRIME 

O criminoso Cássio Martins Camilo, 27, que estuprou e matou a enteada Maria Clara Calixto Nascimento, de 5 anos, em Hortolândia, agiu sozinho no crime, segundo o inquérito policial concluído pela Polícia Civil.

O homem foi indiciado por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver. Ele foi preso em flagrante em 18 de dezembro, um dia após o crime, e teve a prisão preventiva decretada em 19 de dezembro.

A investigação foi conduzida pelo delegado titular de Hortolândia, João Jorge Ferreira da Silva. O inquérito policial foi concluído no dia 26 de dezembro e encaminhado ao Poder Judiciário.

Segundo a assessoria de imprensa do MP (Ministério Público), o processo está na fase de “apresentação da denúncia”, que ainda não foi formalizada. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, o homem pode ir a júri popular.

De acordo com o inquérito, Cássio admitiu durante interrogatório que usou drogas na noite que antecedeu o crime e “surtou” na manhã do dia 17 de dezembro, quando estava sozinho com Maria Clara, após ela ter se irritado ao ser proibida de ir na casa da vizinha para brincar.

O homem confirmou que realizou a “prática sexual” e, na sequência, utilizou as duas mãos para apertar o pescoço da criança, que não resistiu. Ele enrolou a menina numa cortina, colocou o corpo dentro de uma caixa de papelão e cobriu com pedaços de plástico.

Câmeras de segurança de residências da área flagraram Cássio carregando a caixa por ruas do bairro Vila Real, às 10h53, até o terreno baldio onde o corpo foi encontrado, na Rua Irmã Nazária Rita de Fillipi, bairro São Felipe, próximo à casa da família.

A mãe da criança, a encarregada de produção Franciéle Kauane Viana Nascimento, 25, estava trabalhando quando o crime aconteceu. A polícia entrevistou o empregador dela e confirmou que o relato era verdadeiro; durante interrogatório, Cássio negou qualquer participação da mulher no caso.

O casal estava junto há pouco mais de um ano. Familiares de Franciéle relataram que a mulher havia sido ameaçada por Cássio, que não aceitava uma suposta tentativa de separação.

O homem nunca havia demonstrado nenhum comportamento suspeito em relação a menina, que gostava dele, segundo familiares.

O caso está em tramitação pela 2ª Vara Judicial de Hortolândia e um advogado foi designado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo para representar Cássio. 

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