Foto: Governo de SP

Alunos de faculdades da região questionam aulas online e criticam método de avaliação virtual: “injusto e ineficaz”

Devido ao combate contra o Coronavírus, escolas e universidades suspenderam suas aulas por período indeterminado.

Em uma série de entrevistas com alunos de faculdades da região, todos concordam com a ineficácia das aulas à distância, mas entendem como uma boa alternativa. 

Um dos alunos da Universidade Paulista, a UNIP, contou que não gosta do sistema EAD apresentado, mas reconhece os esforços dos professores. Entretanto, o mesmo comenta que a absorção das aulas não é a mesma.

“Sinceramente, não. Reconheço o esforço dos professores, mas tenho mais dificuldades de absorver os assuntos através das aulas virtuais”

Para ele, as aulas deveriam ser mais dinâmicas e também questionou o pagamento do valor integral da mensalidade:

“Humm, deixaria a aula mais dinâmica. Desde o início, não só os professores falando a maior parte do tempo.”

“Quanto aos valores da mensalidade, entendo que foram pegos de surpresa, mas nós também fomos. Houve consequências para os dois lados, então por que pesar só para um?”

Quem também falou conosco foi um aluno de Engenharia da PUC-Campinas. O jovem universitário conta que a universidade vem demonstrando um bom desempenho em relação a este momento de dificuldades:

“A opinião que eu tenho sobre o EAD, é que é um serviço necessário, pois no momento em que vivemos hoje é a única alternativa contra a paralisação das aulas, na PUC-Campinas, faculdade em que estudo utilizamos como ferramenta de aula o Microsoft Teams e o Canvas, um plataforma criada pela própria PUC, os softwares por si não apresentam problemas, a questão principal se dá no acesso a conexão de internet, porque caso não possua uma boa banda larga a viabilidade do EAD diminui bastante, e abordando a questão da eficácia do serviço, o sucesso do aprendizado depende majoritariamente do aluno e de sua disciplina de estudar dentro de casa e organizar-se com as entregas de atividades propostas pelos professores, e também depende do quão familiarizado com o software está o professor e sua habilidade de didática online.”

SOLUÇÃO

Um aluno de economia da Unicamp, apontou algumas possíveis saídas para um melhor aprendizado e algumas maneiras de salvar o semestre.

“Por exemplo, as faculdades poderiam dar férias em maio. Para os professores, para todo mundo. Como se fosse Julho. E agora em abril tentar dar o mínimo possível, não se pode parar também. O ideal seria cancelar o semestre, mas talvez nem toda universidade/faculdade tenha recursos administrativos para fazer isso.
Então o que deve ser feito é tentar colocar o máximo de coisa a ser feita quando voltar, expectativa que se volte em julho ou agosto. E aí você coloca férias em maio, aumenta o semestre, termina em agosto/setembro.”

Ele também ressalta que as provas virtuais não são muito confiáveis em questão de aprendizado, já que os alunos podem facilmente buscar respostas na internet.

“E outra, acho que o método de avaliação EAD é injusto e ineficaz. Muitos irão burlar as regras facilmente. Pegando informações na rede e assim por diante. Não necessariamente o aluno estará aprendendo. Por isso acho que não deve haver avaliação e sim um acompanhamento do professor, ele se comunicando o máximo, passando um conteúdo ou outro, mandando ler textos, poucas atividades. Mas estas comprovando a eficácia da aprendizagem.”

As faculdades mencionadas estão em constante contato com os alunos para possíveis melhorias no sistema EAD. 

 

Direto da Redação

Gabriel Machado

TV HORTOLÂNDIA

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