Quem mora na região do Firenze, Parque Ortolândia e condomínios residênciais devem ter ouvido um carro de som protestando e acusando contra o Prefeito da cidade Angelo Perugini sobre o mau cheiro. A prefeitura explica o caso.
Nesta sexta-feira (25/01), o prefeito Angelo Perugini recebeu em seu gabinete, a gerente de Divisão da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Vanessa Egídio Pereira, e o superintendente da companhia, Antônio Carlos Teixeira. O encontro foi solicitado pelo chefe do Executivo Municipal para que a Prefeitura tomasse conhecimento das ações em realização pela Sabesp, para investigar a origem do mau cheiro que tem afetado alguns bairros da região central da cidade. Durante a reunião, a Sabesp apresentou o plano de ações que está em andamento e enfatizou que o objetivo da companhia é identificar o mais breve possível a origem do odor. Por enquanto, não é possível afirmar se o cheiro é proveniente de instalações da rede de coleta e tratamento de esgoto ou se tem outra fonte.
De acordo com a gerente de Divisão, as informações transmitidas ao prefeito serão oficializadas à Prefeitura por meio de documento protocolado, reforçando o compromisso da companhia em solucionar a situação rapidamente. “A Sabesp mantém ações constantes para garantir que as atividades de coleta, afastamento e tratamento de esgoto sejam realizadas atendendo os parâmetros legais. A ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) está funcionando normalmente, dentro destes parâmetros. Temos, no entorno desta instalação, um cinturão verde, implantado conforme recomendação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Continuamos investigando para saber quais as possíveis causas deste odor”, ressaltou Vanessa.
Um das hipóteses é a emissão em excesso de gás sulfídrico, fruto da decomposição do esgoto bruto. “Realizamos medições periódicas para identificar níveis excessivos deste gás, mas, por enquanto, nada de anormal foi observado. Estamos instalando um equipamento fixo para realizar esta medição contínua. Assim, poderemos saber se há alguma variação efetiva”, explicou. Fato curioso, destaca Vanessa, é que o mau cheiro relatado por moradores não é constante. “As reclamações apontam que não tem um horário específico, nem dia. Além disso, não identificamos relação com o calor, pois há dias mais amenos onde o cheiro é perceptível. Isso indica que a causa pode ter outra origem que não o esgoto”, apontou.
Além do monitoramento local realizado pela Sabesp na ETE, a companhia avalia as condições da rede coletora de esgoto e o entorno da estação. A empresa conta, ainda, com apoio de profissionais de áreas técnicas das unidades de Itatiba e de São Paulo, que contribuem com avaliações e apontamentos. A comunidade também tem colaborado com o monitoramento: alguns moradores que protocolaram denúncias na Sabesp são convidados a responder contatos telefônicos e presenciais da companhia, em dias e horários alternados, informando a situação do odor. “A Sabesp está interessada e empenhada em esclarecer a origem do mau cheiro e oferecer uma solução, de acordo com o problema identificado. Manteremos a comunidade e a Prefeitura informados sobre o andamento deste monitoramento e esperamos que, em breve, tudo seja resolvido”, destacou Vanessa.