Há um ano atrás, em 18 de dezembro de 2020, Hortolândia se comovia após o corpo de Maria Clara Calixto, na época com quatro anos, ser encontrado em um terreno baldio do Jardim São Felipe. Desde a tarde do dia anterior a cidade se empenhava nas buscas pela criança, que até então era dada como desaparecida.
Na manhã do dia 18, uma sexta-feira, o padrasto de Maria Clara, Cássio Martins Camilo, confessou à Polícia que estuprou e matou a menina. Ele estava sozinho com a criança na casa em que eles moravam, na região da Vila Real. Na ocasião, a mãe de Maria Clara, Franciele Kauane Viana Nascimento, estava trabalhando.
No momento em que o corpo de Maria Clara foi encontrado, populares que estavam ajudando nas buscas se revoltaram e chegaram a agredir equipes de reportagem que estavam no local. Os familiares chegaram a levar a menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Nova Hortolândia, mas ela já estava sem vida.
Na noite do desaparecimento, Cássio Martins Camilo dormiu em Monte Mor, na casa de familiares, para evitar represálias. Na manhã do dia 18, ele tentou fugir para Campinas, mas foi detido pela Polícia.
Na rua da Delegacia de Hortolândia, no Parque dos Pinheiros, populares se revoltaram e queriam linchar o padrasto de Maria Clara. Os manifestantes colocaram fogo em pneus para interromper o fluxo de carros na via. A Polícia precisou intervir para conseguir tirar Cássio da delegacia.
Cássio Martins Camilo já tinha passagens na polícia por estupro. Ele confessou que havia consumido drogas na noite anterior ao crime. Laudos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que a criança foi abusada enquanto estava inconsciente. O padrasto da menina permanece preso e deve ir à júri popular.