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Casos de suicídio na região preocupam autoridades

Um estudo realizado pela Unicamp Universidade Estadual de Campinas, em parceria com o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, mapeou casos de suicídios no município entre 1990 e 2017.
As informações serão utilizadas em estratégias de prevenção e no acompanhamento de pacientes nos serviços públicos de atenção à saúde mental.
O levantamento mostra que a taxa de suicídios em Campinas aumentou de 1,7 (1990) para 5,6 casos (2017) a cada 100 mil habitantes, e os dados mais recentes, entre 2015 e 2017, apontam que a ocorrência entre indivíduos do sexo masculino é 4,4 vezes maior que entre as mulheres.
Números mostram que a maior taxa ocorre entre jovens de 15 a 19 anos, com 59,9 casos para cada 100 mil habitantes. Na comparação por sexos, a taxa é de 94/100.000 entre indivíduos do sexo feminino, e 26,6/100.000 do sexo masculino.

Em Americana, (cidade vizinha)  dos 8 moradores de que tiraram a vida em 2019, 5 tinham mais 50 anos. As informações foram divulgadas pela Prefeitura de Americana

Entre os homens a maior  ocorrência e observada na faixa de 40 a 59 anos, a taxa de tentativa de suicídio são mais elevadas nas mulheres em todas as faixas de idades.

Estudos em todo o Brasil,  mostram que são  crescentes as taxas de suicídio na terceira idade.

Por quê  idosos?

De acordo com a psicologa Marisa Brait Nogueira, o aumento do número de suicídio entre idosos ocorre em maior parte também entre o sexo masculino.

São varios fatores a serem observados, a aposentadoria, deixando a vida ativa no trabalho e o que recebe geralmente é  insuficiente para gastos com medicação, o acúmulo de problemas de saúde, em sua maioria doenças crônicas e incuráveis, muitas vezes dolorosas ou de tratamento penoso, associado a um isolamento social progressivo, causados pela viuvez, separações, sindrome do ninho vazio  que é o distanciamento de filhos e netos, por exemplo”.

Idosos podem se sentir sem função, de trabalho, de educar os filhos, de poder ter filhos, as mulheres porque tem uma pausa da fertilidade, devido a menopausa.

Tudo isso faz com que a pessoa fique imobilizada, que ela se sinta como se não tivesse mais um espaço. Para que ela vai existir e se tornar um peso?

Caso ela fique doente, ela precise de ajuda para ser cuidada, então tudo isso faz com que o a pessoa da terceira idade se sinta mal e possa vir achar que a solução é ela deixar de existir.

Se a pessoa tem uma doença e não toma os remédios, ela não faz a dieta que é preciso ser feita, ela pode chegar vir a a morrer e isso também são formas de suicídio.

Mas daí que entram as atividades, a terapia, os remédios que podem elevar o ânimo, que podem propiciar, que a pessoa veja atividades prazerosas na vida dela. E ela veja que só mudaram as funções, mas que ela não seja inútil.

A especialista  indica terapias, viagens e passeios, rodas de conversa como uma forma de descontrair e muitas vezes preencher o vazio.

Um projeto criado por membros da Comunidade Santo Oscar Romero, da Paróquia dos Santos apóstolos em Campinas é um exemplo, de que é possível passar momento de descontração e tirar o stress.

Uma alternativa para prevenir a depressão é a promoção de atividades recreativas e sociais. Assista a matéria de Ivan Araujo e conheça um projeto que deu certo e tem levado alegria à uma comunidade católica em Campinas.

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