De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,8% no trimestre móvel encerrado em março. Este é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando atingiu 8%. Em comparação com o trimestre anterior (entre outubro e dezembro), a taxa de desocupação aumentou 0,9 ponto percentual (7,9%). No mesmo trimestre do ano passado, a taxa era de 11,1%.
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Consequentemente, o número absoluto de desocupados aumentou 10% em relação ao trimestre anterior, chegando a 9,4 milhões de pessoas. Comparado com o último trimestre de 2022, há um acréscimo de 860 mil pessoas no contingente de desocupados. No entanto, em relação ao mesmo período de 2022, houve uma queda de 21,1%, equivalente a 2,5 milhões de trabalhadores.
Por outro lado, o total de pessoas ocupadas registrou uma queda de 1,6% em relação ao trimestre anterior, chegando a 97,8 milhões de brasileiros. Cerca de 1,5 milhão de pessoas deixaram o grupo de ocupados. Na comparação anual, houve um crescimento de 2,7%.
Veja os destaques da pesquisa
- Taxa de desocupação: 8,8%
- População desocupada: 9,4 milhões de pessoas
- População ocupada: 97,8 milhões
- População fora da força de trabalho: 67 milhões
- População desalentada: 3,9 milhões
- Empregados com carteira assinada: 36,7 milhões
- Empregados sem carteira assinada: 12,8 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 25,2 milhões
- Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
- Trabalhadores informais: 38,1 milhões
- Taxa de informalidade: 39%
Conforme divulgado pelo IBGE, no trimestre a estabilidade do número de empregados com carteira assinada no setor privado não foi suficiente para evitar a queda na ocupação, que pode ser atribuída em grande parte à redução dos trabalhadores sem carteira no setor público (-7%) e privado (-3,2%). Os setores de outros serviços (-4,3%), administração pública (-2,4%), agricultura (-2,4%), construção (-2,9%) e comércio (-1,5%) apresentaram quedas significativas no total de seus trabalhadores sem carteira. Além disso, o número de trabalhadores por conta própria com CNPJ também teve queda de 8,1% (o que equivale a 559 mil pessoas a menos). Como resultado, a taxa de informalidade no país retornou para 39% da população ocupada, o que significa que há 38,1 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa era de 38,8%, mas no mesmo trimestre do ano anterior era de 40,1%.
De acordo com o IBGE, o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, caiu 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, chegando a 56,1%. Na comparação anual, ainda houve um aumento de 1 ponto percentual (55,2%). Além dos desocupados, há o contingente fora da força de trabalho, que aumentou em 1,1 milhão de pessoas, chegando a 67 milhões no primeiro trimestre de 2023. No entanto, segundo Beringuy, do IBGE, o aumento de pessoas fora da força de trabalho não está relacionado a um aumento da população na força de trabalho potencial ou no desalento, que mostram estabilidade no trimestre e queda no ano. A taxa de subutilização, que leva em conta pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada, teve uma leve alta de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, chegando a 18,9%. Na comparação anual, houve uma queda, passando de 23,2% para 18,9%.
O rendimento real habitual manteve-se estável em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 2.880. No entanto, em comparação ao ano anterior, houve um crescimento de 7,4%. A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 277,2 bilhões e apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas registrou um aumento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Direto da Redação
Kaique Grady – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão