Empresário de Hortolândia é encontrado morto em Sumaré

Empresário foi atraído para emboscada sob pretexto de ritual religioso e morto com extrema violência em Sumaré

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana esclareceu o homicídio de Davi Aires Costa, empresário de 63 anos, morador de Hortolândia, cujo desaparecimento foi registrado em 12 de janeiro de 2025. O corpo da vítima foi encontrado no dia 18 do mesmo mês, nos fundos do Cemitério da Saudade, em Sumaré, com sinais de extrema violência.

As investigações apontaram que Davi foi rendido, coagido a realizar transferências bancárias e brutalmente assassinado. Dois dos suspeitos foram presos, enquanto o suposto mentor do crime segue foragido.

Investigação e Prisões

A equipe da DIG identificou movimentações financeiras suspeitas nas contas da vítima, o que levou ao aprofundamento das apurações. A análise de dados bancários, telefônicos e outras técnicas investigativas resultou na identificação de três envolvidos no crime.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em Sumaré, Hortolândia, Campinas e Vinhedo. Durante a operação, W.A.E., conhecido como “Fucho”, foi preso na casa de seu pai, em Campinas. Ele confessou sua participação e revelou detalhes da ação criminosa. Em Vinhedo, a recepcionista E.L.M. também foi presa e admitiu envolvimento no crime.

A emboscada e o assassinato

As investigações apontaram que “Fucho”, ex-funcionário e amigo pessoal da vítima, utilizou a religião de matriz africana como pretexto para atrair Davi Aires Costa para um ritual. No dia do crime, após uma primeira cerimônia, ele buscou E.L.M., e juntos seguiram para o Cemitério da Saudade, onde alegaram realizar um segundo ritual.

No local, Davi foi rendido e forçado a fornecer senhas bancárias e transferir dinheiro para os criminosos. Em seguida, foi submetido a extrema violência: “Fucho” o estrangulou com um golpe “mata-leão” e, com a ajuda de E.L.M., o empalou ainda vivo com um cabo de vassoura. Depois, disparou contra sua cabeça, abandonando o corpo no local.

No dia seguinte, uma nova transferência bancária esvaziou a conta da vítima. O dinheiro foi repassado para A.M.S.S., conhecido como “Tuta”, pai de santo que seria o mentor do crime.

Mandante e Motivação

Segundo as investigações, A.M.S.S. utilizava sua posição religiosa para manipular e amedrontar seguidores, obtendo vantagens financeiras. “Fucho” alegou ter sido ameaçado para cometer o crime, mas os depoimentos apresentam contradições. A Polícia Civil segue aprofundando a motivação do assassinato.

Situação Atual dos Envolvidos
• W.A.E., vulgo “Fucho” – Torneiro mecânico e ex-funcionário da vítima, preso em Campinas. Está na Cadeia de Sumaré/SP.
• E.L.M. – Recepcionista, presa em Vinhedo. Está recolhida na Cadeia de Monte Mor/SP.
• A.M.S.S., vulgo “Tuta” – Considerado o mentor do crime, segue foragido.

A DIG de Americana continua as diligências para capturar o terceiro envolvido e concluir o inquérito.

Compartilhe com um amigo: