Entregadores de Aplicativos Anunciam Paralisação Nacional em Abril
Entregadores de aplicativos em todo o Brasil decidiram paralisar as atividades nos dias 31 de março e 1º de abril para exigir melhores condições de trabalho. A mobilização, chamada de “Breque Nacional dos Apps 2025”, busca pressionar plataformas como iFood, Uber Flash e 99 Entrega por reajustes na remuneração, que está congelada há três anos.
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Os trabalhadores exigem uma taxa mínima de R$ 10 por corrida e um aumento no valor pago por quilômetro rodado, de R$ 1,50 para R$ 2,50. Eles também reivindicam a limitação da atuação de bicicletas a um raio máximo de três quilômetros e o pagamento integral de cada pedido quando múltiplas entregas são agrupadas na mesma rota.
A escolha do Dia da Mentira para a paralisação denuncia as práticas das plataformas, expondo as dificuldades enfrentadas pela categoria e a discrepância entre os lucros das empresas e os pagamentos recebidos pelos entregadores. A mobilização ganhou força nas redes sociais, e entregadores de 20 estados já confirmaram adesão ao movimento.
Os organizadores afirmam que essa será a maior greve da história da categoria. As empresas de entrega, por meio da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), declararam que respeitam o direito de manifestação e mantêm canais de diálogo com os trabalhadores.
A paralisação acontece em meio aos debates sobre a regulamentação do trabalho dos entregadores no Brasil. Em 2023, o Ministério do Trabalho criou uma comissão especial com representantes de trabalhadores e plataformas para elaborar um projeto de lei, mas até agora, nenhuma solução concreta foi apresentada.
Os consumidores devem se preparar para possíveis interrupções nos serviços de entrega durante os dias da paralisação.