Motoristas e pedestres sabem o quanto é prejudicial para o fluxo do trânsito se deparar com um semáforo fora de operação. Ao circular pela cidade, é perceptível a confusão causada por este tipo de ocorrência em um cruzamento de vias, principalmente em grandes avenidas sem o dispositivo controlador automático do tráfego. Na maioria das vezes em que os aparelhos não estão funcionando, o motivo é o furto do cabeamento que fornece eletricidade para o sistema semafórico. O crime traz uma grande dor de cabeça para a população e, também, para as equipes da Prefeitura de Hortolândia que necessitam retomar, o mais rápido possível, o funcionamento dos aparelhos. Ao presenciar ações de furtos e vandalismo nos dispositivos públicos, a população pode realizar denúncia no telefone 153 da Guarda Municipal e ajudar a coibir este tipo de delito.
De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, somente nos últimos dois meses, foram contabilizados 11 furtos de cabeamento condutor de eletricidade para semáforos em diferentes vias de Hortolândia. Em alguns locais, a prática é reincidente. No Corredor Metropolitano, foram cinco vezes. Na rua Jair da Silva Guimarães, também próxima ao Corredor Metropolitano, o conjunto semafórico para a travessia de pedestres já teve o cabeamento furtado por três vezes.
No cruzamento entre a avenida João Coelho e a rua Armelinda Espúrio da Silva, na região do Jardim Nossa Senhora de Fátima, quem passou pelo local na manhã chuvosa desta quarta-feira (14/09), encontrou o trânsito “carregado” com o agravante do local estar sem semáforo em operação. O motivo? Terceiro furto do sistema fornecedor de energia nos últimos dois meses. Além disso, existem unidades de ensino próximo à área do furto, prejudicando ainda mais quem circulava pelo local.
“É muito complicado realizar o conserto do conjunto semafórico após o furto do cabeamento. Este crime prejudica todo o sistema de funcionamento e isto pode levar até dias para ser novamente arrumado. O sistema possui três tipos de cabos para serem repostos. O controlador também acaba estragando e, em média, um novo controlador custa em torno de R$ 40 mil. O prejuízo também é financeiro. O sistema de funcionamento dos dispositivos é complexo. Nos últimos dois meses foram repostos aproximadamente 3 mil metros de cabeamento condutor de eletricidade para os conjuntos semafóricos que foram furtados”, explica o diretor de operações da Secretaria de Mobilidade Urbana, José Eduardo Vasconcellos.
Casos de furtos e vandalismos aumentaram
Desde o ano passado, a Prefeitura alerta sobre o furto e o vandalismo nas “botoeiras”, botão verde acoplado nos semáforos de travessia de pedestres que tem o objetivo de contribuir para o deslocamento de idosos e PCDs (Pessoas Com Deficiência). De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana, por semana, são trocadas aproximadamente seis destas ‘botoeiras’ vandalizadas.