Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Campanha de Vacinação contra a raiva em cães e gatos não será realizada este ano seguindo determinação do governo do Estado de São Paulo. A medida foi tomada em razão da pandemia de Covid-19 e se aplica às campanhas, ações realizadas em um período de tempo curto para vacinar animais em massa. A deliberação deste mês de agosto pelo Estado mantém a vacinação antirrábica de rotina.
A raiva é uma enfermidade quase sempre fatal, prevenível por meio do controle da doença nos animais domésticos e da profilaxia no ser humano. O último caso de raiva humana em Campinas data de 1981. Desde então, o que tem sido detectado na área urbana do município são casos de raiva em morcegos ou ainda casos de raiva em animais domésticos de estimação infectados por variantes virais de morcegos.
Em animais domésticos, foram detectados três casos: o primeiro em um gato (2014), na região do distrito de Nova Aparecida; o segundo em um cão (2015), na região do Jardim Aeroporto e o terceiro, em 2016, em um gato no Jardim Santa Lúcia. Em todos estes casos, por meio de estudos de sequenciamento genético feitos pelo Instituto Pasteur-SP, foram identificadas variantes virais provenientes de morcegos.
Em Campinas, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), dentre outras atividades, recolhe morcegos mortos e encontrados em condições anormais para a espécie como caídos, voando durante o dia, pendurados em locais baixos ou expostos à claridade
Durante o ano de 2020 até o momento, a UVZ recolheu 14 morcegos infectados pelo vírus rábico no município. Em 2019, foram 30 casos; todos de espécies que se alimentam de frutos ou insetos e a grande maioria estava na área urbana.
Cabe lembrar que os morcegos são animais silvestres de grande importância para o meio ambiente, portanto, protegidos por lei, sendo crime ambiental a captura ou seu extermínio.
*Com informações da Prefeitura de Campinas