Nesta sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023, completa-se um ano de conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que já ceifou milhares de vidas e forçou milhões de pessoas a abandonarem suas casas.
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Além disso, milhões de crianças também abandonaram as escolas e as verdades e mentiras estão sendo propagadas tanto pela internet quanto por fontes oficiais. A contagem de mortos varia dependendo da fonte consultada, indo de cerca de sete mil mortos, segundo a ONU, a mais de 300 mil, segundo fontes militares europeias.
O conflito entre a Rússia e a Ucrânia vai além de duas nações e lembra a antiga Guerra Fria, onde os Estados Unidos (EUA) e a União Soviética se enfrentavam indiretamente. Segundo o professor Roberto Goulart Menezes, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), o conflito pode ser denominado como uma “guerra por procuração” depois que a Rússia violou a soberania territorial e o direito internacional ao invadir a Ucrânia.
Enfrentando a Ucrânia, a Rússia tem um embate “contra a Otan e contra a principal liderança do grupo: os Estados Unidos, embora não estejam diretamente atuando no conflito”. Para o diretor do Instituto de Politicas Públicas e Relações Internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), professor Hector Luis Saint-Pierre, o que está acontecendo é “uma guerra do Ocidente contra a Rússia” e não uma guerra da Ucrânia.
A hostilidade entre as duas nações aumentou nos últimos 20 anos. O governo dos EUA vinha desenvolvendo, por meio da Otan, um escudo espacial para neutralizar boa parte dos armamentos da Rússia que pudessem ser utilizados contra países europeus. Isso gerou uma expansão da Otan em direção às fronteiras da Rússia, o que a Rússia não aceitou bem, especialmente a partir de 2014, quando invadiu e anexou a Crimeia.
O presidente russo, Vladimir Putin, alega que, com a expansão da Otan em direção aos países do antigo Leste Europeu, a Ucrânia estava prestes a se tornar membro permanente do grupo liderado pelos EUA. A Rússia considera que a Ucrânia na Otan significa a Otan em fronteiras russas, o que inclui o temor de nuclearização do território ucraniano, motivo que levou ao início do conflito armado.
Direto da Redação
Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Foto de Alex Fedorenko/Unsplash
*Texto com informações da Agência Brasil