De acordo com o Monitor do Fogo, que utiliza imagens de satélite para rastrear os efeitos das queimadas em todo o território nacional, os registros de queimadas na Terra Indígena Yanomami em Roraima apresentaram uma queda significativa de 62% nos primeiros dois meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. O MapBiomas divulgou esses dados em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
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A operação interministerial realizada na região após um decreto de emergência em saúde pública assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro deste ano pode ter contribuído para essa queda nas queimadas. A presença do Estado no território e a governança reinaugurada para o cumprimento da lei podem ter desencorajado as práticas ilegais, como o garimpo ilegal que afeta a vida dos yanomami há anos.
Apesar da queda nas queimadas na Terra Indígena Yanomami, a Amazônia foi o bioma mais atingido por fogo nos primeiros dois meses deste ano. Roraima, Mato Grosso e Pará lideraram a extensão de áreas atingidas. No entanto, Roraima teve menos fogo neste ano do que nos primeiros dois meses de 2022. A área queimada em todo o bioma Amazônia no primeiro bimestre de 2023 representa 90% de todos os focos de fogo registrados no país.
Os yanomami, que já conviviam com a destruição ambiental, a contaminação da água dos rios, a propagação de doenças, como malária e pneumonia, além da violência decorrente do garimpo ilegal em suas terras, agora têm a esperança de que a presença do Estado possa amenizar esses problemas históricos e se mantenha constante para garantir um futuro mais seguro para essa comunidade indígena.
Direto da Redação
Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil