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Líderes indígenas pedem proteção contra retaliações de garimpeiros ilegais

Brasília - Índios Munduruku fazem manifestação, em frente ao Ministério da Justiça, pela demarcação da terra indígena Sawre Muybu, no Pará.

De acordo com um levantamento feito pelos próprios indígenas, 18 líderes munduruku estão ameaçados de morte.

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A Terra Indígena Munduruku, que tem 2.382 hectares, está localizada no Pará, no alto curso do Rio Tapajós, e é um dos três solos indígenas que concentram 95% do garimpo ilegal no país, juntamente com os territórios yanomami e kayapó.

A atividade de garimpo intensificou-se a partir de 2016, e a recente desmobilização do garimpo em terras yanomami, em Roraima, aumenta o medo dos munduruku de que o problema se agrave ainda mais.

Maria Leusa Munduruku, coordenadora da Associação das Mulheres Munduruku Wakoborũn, é uma das lideranças ameaçadas que teve que deixar sua casa por pressão de criminosos.

A autodemarcação e a fiscalização são as duas ações mais importantes do movimento para combater a mineração ilegal.

Em maio de 2021, lideranças munduruku denunciaram o incêndio à pequena aldeia indígena Fazenda Tapajós, causado por garimpeiros que reagiram à Operação Mundurukânia, que combatia garimpos clandestinos na região. O MPF considerou os danos um “cenário dantesco”.

Há 21 pistas de pouso na TI Munduruku, a maioria delas a uma distância de 5 quilômetros ou menos de algum garimpo.

A atuação de forças de segurança do governo deve ser contínua, e não apenas em operações isoladas, segundo Rosamaria Loures, antropóloga e assessora do povo munduruku.

Direto da Redação
Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

*Este texto contém informações da Agência Brasil

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