Adailton Gomes Abreu, de 24 anos, morreu no dia 18 de setembro, em Aparecida de Goiânia. Promotoria denunciou a jovem por homicídio duplamente qualificado, em razão de motivo fútil e por impossibilitar a defesa da vítima. A possivel altora do crime responde ao processo em liberdade.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Nicole Maria Ferreira Costa, de 20 anos, por ter matado o namorado dela com um golpe de agulha de narguilé após uma briga por pastel de feira, Na Região Metropolitana da capital em Aparecida de Goiânia. A promotoria denunciou a jovem por homicídio duplamente qualificado, em razão de motivo fútil e por ter impossibilitado a defesa da vítima.
O promotor de Justiça Milton Marcolino relata que, no dia do crime, a jovem saiu com o namorado e duas irmãs dele para comer numa feira.
O casal teve uma discussão sobre o que iriam comer e essa briga continuou quando chegaram à casa da jovem, conforme denuncia. Adailton foi atingido no coração pela agulha de narguilé, sem nenhuma chance de defesa.
Ao analisar o processo, o Ministério Público entendeu que era necessário o depoimento das irmãs do jovem, que foram ouvidas pelo delegado na última quinta-feira (22). No entanto, as irmãs da vítima estavam do lado de fora da casa quando o crime aconteceu e o relato delas não mudou a conclusão policial.
Morte
De acordo com delegado responsável pela investigação, Eduardo Rodovalho, havia a suspeita de que Adailton teria passado mal e sofrido um infarto. Depois, a equipe notou a perfuração com a agulha, a qual é usada para furar o papel alumínio que encobre o carvão e, assim, ocorrer a liberação de calor para aquecer a essência do narguilé.
Ele foi atingido no coração, a lesão foi unica. Ele agonizou por pouco tempo e depois já veio a óbito”, disse o investigador.
a jovem relatou aos policiais que o namorado havia ido para cima dela com um narguilé quebrado e, para se defender, acabou o atingindo com a agulha. Nicole também relatou aos policiais que ficou desesperada na hora, pois não esperava que ele morresse, disse ela durante as investigações.
“Eles já tinham se agredido mutuamente, por imaturidade no namoro. E com o desgaste extremo, no momento da briga, ela acabou o matando. Não identificamos lesões nela no dia do crime que justificassem a legítima defesa”, disse o delegado.
Na época do crime, o delegado explicou que não foi pedida a prisão dela por entender que não havia os requisitos determinados pela lei, pois ela se apresentou após o homicídio e estava colaborando com as investigações.
A polícia descartou a presença de outra pessoa dentro da casa e a participação mais alguém no crime.
Relação ‘tumultuada’
“O casal vivia uma relação tumultuada. Eram muito impetuosos. Tinha histórico de briga constante”, relatou.
Na época o delegado afirmou ainda que o casal tinha uma relação “tumultuada”, permeada por brigas e discussões, e que tal fato se comprova pelo motivo da discussão que acabou ocasionando a morte.