O governo de São Paulo estuda criar uma nova fase no Plano São Paulo, ainda mais restritiva, para conter a propagação do coronavírus. A fase roxa, em avaliação pelo centro de contingência, teria medidas ainda mais rigorosas do que a fase vermelha. “Estamos discutindo a possibilidade e a necessidade de uma fase ainda mais restritiva que a vermelha”, disse o coordenador do centro de contingência do estado, Paulo Menezes, à CNN neste sábado (27).
“Isso implicaria talvez ter limitação de atividades, de algumas atividades que são classificadas como essenciais em determinados horários, especialmente nos horários noturnos e de madrugada. Estamos discutindo para ver a necessidade, quais indicadores levam a essa fase e quais seriam os resultados esperados. Estamos discutindo com o governo para ver se é o caso de adotar essa nova fase”, afirmou.
Menezes avaliou que este é o pior momento da pandemia no estado e no país. Ele afirmou que, em São Paulo, ainda há 2.500 leitos disponíveis e a ocupação geral da rede hospitalar é de 70%. “Mas já temos três regiões com ocupação altíssima, de cerca de 90%”, disse. “Nós esperamos, sim, que medidas anunciadas ontem comecem a fazer efeito e reduzir a propagação do vírus, reduzir a velocidade de aumento do número de casos e internações ao longo dos próximos dias. Ainda temos situação que permite pelo menos mais 2 semanas de aumento progressivo de internações, o que esperamos que não ocorra.”
DO AMARELO AO LARANJA
A Grande São Paulo e as regiões de Campinas, Sorocaba e Registro foram da fase amarela para a laranja. Marília e Ribeirão Preto saíram da fase laranja para a vermelha. Somente a região de Piracicaba apresentou melhora, progredindo para a fase amarela. O restante do estado permaneceu estável. A reclassificação entra em vigor na segunda-feira (1º).
Na quarta-feira (24), o governo já havia anunciado que o estado montará operações de fiscalização para tentar restringir a circulação de pessoas no estado entre as 23h e as 5h. Chamada de “toque de restrição” pelo governador João Doria, a medida será voltada sobretudo a aglomerações nas ruas, visto que, na prática, as atividades não essenciais só estão liberadas até as 22h. O decreto foi publicado hoje e valerá até 14 de março.
- Artigo enviado pelo Portal de Noticias UOL