O delegado responsável pelo caso da menina de 5 anos Maria Clara, encontrada morta nesta sexta-feira (18), disse em entrevista coletiva que o autor do crime, que confessou o assassinato, “quase foi arrebatado” e que foi necessário preservar a vida dele.
“Eu não deixaria minha filha na mão de um usuário de drogas” – comentou o delegado.
Populares revoltados com o caso da menina Maria Clara Calixto Nascimento atearam fogo em pneus e bloquaram a Rua Flamboyant, via da Delegacia da cidade, no Parque dos Pinheiros. Eles se aglomeraram nas saídas da Delegacia gritando palavras de ordem.
Policiais precisaram intervir e conter os populares.
A delegada seccional de Americana, Martha Rocha, disse em entrevista que o padrasto da menina confessou o crime. Ainda segundo a delegada, há indícios de que a menina teria sido abusada sexualmente, mas ainda não há a confirmação.
O padrasto da menina tem passagem na Polícia por estupro na cidade de Monte Mor.
Na noite de ontem (17) ele prestou depoimento na delegacia da cidade mas negou ter cometido qualquer crime. Depois de depor, o homem sumiu e foi para Campinas. Nesta manhã ele foi encontrado na cidade, quando foi detido e confessou. A casa da família foi periciada ontem e passará por nova análise hoje.
No momento em que o corpo foi localizado a Polícia Militar (PM) não estava no local e uma confusão generalizada se iniciou. Veículos de reportagem foram depredados. O terreno baldio fica a cerca de 100 metros da casa da criança.
Maria Clara desapareceu no fim da manhã de ontem e, durante todo o dia, familiares fizeram buscas pela cidade. Na manhã de hoje populares encontraram o corpo em uma caixa em um terreno baldio do bairro São Felipe, na região do Orestes Ongaro.