Secretário informa que há relatos de 30 meninas Yanomami grávidas de garimpeiros

O Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, afirmou que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebeu informações de que pelo menos 30 meninas e adolescentes Yanomami estão grávidas devido aos garimpeiros, em sua maioria ilegais, que se apossaram da região.

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Ele também mencionou que há seis crianças que foram acolhidas de forma irregular por famílias não Yanomami, com dois processos de adoção ilegal em andamento. Um grupo da pasta está na cidade de Boa Vista, em Roraima, para coletar informações sobre as denúncias de violação de direitos.

O Conselho Indígena de Roraima (CIR) fez as denúncias e os casos são acompanhados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O Secretário destacou que há preocupação com a presença excessiva de garimpeiros na região, com cerca de 20 mil pessoas, em um território com cerca de 30 mil indígenas.

Alves mencionou que eventuais ações de incentivo ao garimpo ilegal, incluindo a falta de ação da gestão anterior, também estão sendo investigadas. O ex-presidente Jair Bolsonaro negou as denúncias nas redes sociais e afirmou que a saúde indígena foi uma das prioridades da sua gestão.

O relatório “Yanomami Sob Ataque”, de 2021, já mencionou relatos de exploração sexual das meninas e mulheres Yanomami. A introdução de drogas e bebidas alcoólicas na região deixa as comunidades mais vulneráveis aos garimpeiros.


Direto da Redação

Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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