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Campinas confirma 1ª morte por dengue em 2022

A Secretaria de Saúde divulgou nesta quinta-feira, 12 de maio, novos dados de arboviroses em Campinas. Entre 1º de janeiro e 11 de maio deste ano foram registrados 4.125 casos de dengue. No mesmo período foram confirmados oito casos de chikungunya (seis importados e dois autóctones). Até o momento não houve registro de casos de zika.

Hoje foi confirmada a morte de uma mulher de 78 anos, moradora da região Leste. Ela morreu em 7 de abril em um hospital da rede privada. É a primeira morte em decorrência da doença neste ano.

O trabalho contra as doenças realizado pela Prefeitura é ininterrupto. De 1º de janeiro de 2020 a 30 de abril deste ano, as equipes de saúde realizaram 1.385.541 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 391.655 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas. No entanto, a luta contra as arboviroses exige uma contrapartida de toda a sociedade e cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa.

Regiões

A região Sul é a que mais tem casos de dengue, com 1.028 registros. Na sequência estão as regiões Norte, Noroeste e Sudoeste, com 995, 779 e 709 casos respectivamente. A Leste tem 614 confirmações.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Arboviroses, Heloísa Malavasi, os locais de abrangência dos centros de saúde Satélite Íris 1, San Martin, Vila Padre Anchieta, Jardim Rosália, São Vicente, Jardim Conceição, Vila 31 de Março e Santos Dumont são os que têm maior incidência da doença. “Fazemos ações em toda a cidade e, especialmente nestes lugares, fizemos um trabalho bastante intenso, mas a reposição de criadouros é muito grande e isso dificulta a interrupção da transmissão”, afirmou.

Prevenção e sintomas

Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.

Os sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas, perda de apetite, manchas avermelhadas, entre outros. “Muitas vezes esses sinais se confundem com outras doenças, inclusive a covid-19. Por isso é importante procurar um serviço de saúde para fazer o diagnóstico e seguir as orientações adequadas ao caso”, disse a diretora do Devisa, Andrea von Zuben.

Comitê

Em 2015, a Prefeitura de Campinas criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que reúne 14 secretarias: Secretarias Municipais de Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais, e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.

Também participam a Defesa Civil, o Serviço 156, a Rede Mário Gatti e a Sanasa. O comitê planeja continuamente as atividades de combate às arboviroses em Campinas.

No comitê, depois da discussão da situação epidemiológica da cidade, são desencadeadas as ações intersetoriais.

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