O governo federal alterou as normas do ensino a distância. Cursos como Direito e os da área da saúde foram retirados do modelo remoto e passarão a funcionar exclusivamente de forma presencial.
As graduações totalmente online deixarão de ser permitidas. De acordo com o novo modelo, o ensino remoto exigirá no mínimo 20% da carga horária com atividades presenciais ou com aulas ao vivo, com interação direta entre professores e estudantes. Além disso, cada disciplina deverá aplicar ao menos uma prova presencial.
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O decreto também instituiu uma nova categoria dentro do EAD, batizada de semipresencial. Nessa modalidade, pelo menos metade da carga horária total será cumprida com atividades presenciais e online em tempo real, como laboratórios e estágios. O restante poderá ser oferecido por meio de vídeos gravados e conteúdos assíncronos.
As instituições de ensino poderão oferecer até 30% das aulas na forma de gravações nos cursos presenciais — antes, o limite era de 40%. Cinco graduações deverão ser ofertadas exclusivamente de maneira presencial: Medicina, Direito, Odontologia, Psicologia e Enfermagem. As universidades e centros universitários terão até dois anos para se adequar ao novo modelo. Conforme informou o Ministério da Educação (MEC), os alunos que já estão matriculados em cursos a distância não serão afetados pelas mudanças até a conclusão da formação.
O crescimento acelerado das graduações a distância despertou preocupação no governo federal. De acordo com o último Censo da Educação Superior, realizado em 2023, mais de 77% das vagas ofertadas no ensino superior pertenciam ao formato remoto. Em uma década, esse percentual se multiplicou por mais de dez vezes.
A qualidade do ensino remoto também influenciou diretamente na decisão de impor novas restrições. A última avaliação do ensino superior, também referente ao ano de 2023, analisou 692 cursos EAD. Desses, apenas seis atingiram a nota máxima na classificação de desempenho.
Direto da Redação
TV HORTOLÂNDIA