Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, foi diagnosticado como portador de esquizofrenia em exame feito por médico psiquiatra e, portanto, considerado isento de pena (inimputável).
Conforme os exames o rapaz não tinha, na época do crime, consciência dos seus atos. Com base nessa prova pericial, o juiz José Henrique Rodrigues Torres, da vara do júri da comarca de Campinas, decidiu “absolver impropriamente o réu” “da acusação contra ele formulada”, “uma vez comprovada a existência de circunstância que o isenta de pena (imputabilidade)”.
O juiz, porém, aplicou “medida de segurança” e determinou internação “pelo prazo mínimo de dois anos”. Ele deverá cumprir essa medida no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, unidade da Secretaria da Administração Penitenciária-SAP, que fica em Taubaté, município do Vale do Paraíba. Dia 21 de janeiro deste ano de 2019, a transexual Quelly da Silva, de 35 anos, cujo nome de batismo é Jenilson José da Silva, foi morta com vários golpes de uma garrafa de vidro, quebrada, que provocaram ferimentos no rosto e na cabeça.
O crime aconteceu dentro de um bar onde a travesti trabalhava no Jardim Columbia, na margens da Rodovia Engenheiro Miguel Melhado de Campos, a SP-324 (Vinhedo Viracopos), na região do Jardim Campo Belo, em Campinas. O autor do crime ainda abriu um buraco no peito da vítima e arrancou o coração e colocou cacos de vidros na boca da travesti, que já estava morta.
Caio furtou dinheiro, aparelhos e objetos do estabelecimento e foi para casa no Jardim Marisa, bairro vizinho. Horas depois do crime foi abordado pela Polícia Militar que estranhou sua conduta, estava nervoso, falando coisas desconexas e com ferimentos nos braços.
Ao ser preso, o açougueiro confessou aos policiais “que matou o demônio” e que havia arrancado o coração. Ele foi preso e autuado em flagrante pela Polícia Civil. O coração da vítima foi achado na casa de Caio.
Direto da Redação
TV Hortolândia