O Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas, investiga e monitora um surto de Covid-19 na enfermaria de Clínica Médica. Entre os dias 5 e 12 de julho foram confirmados 14 casos, sendo sete pacientes, cinco profissionais de enfermagem, um médico residente e um acadêmico de medicina. Há 15 pacientes e dois funcionários aguardando o resultado dos exames. Esses resultados são esperados para hoje, quinta-feira, dia 15 de julho, até o final da tarde.
Desde o dia 5, quando a equipe assistencial da enfermaria identificou duas pacientes sintomáticas respiratórias, medidas foram adotadas junto a profissionais, residentes, alunos e pacientes para prevenir a ocorrência de casos. Pacientes e profissionais da saúde com sintomas respiratórios estão sendo testados e isolados, e seus contactantes monitorados diariamente.
A origem do possível surto de Covid-19 está sendo investigada pelo Núcleo de Epidemiologia Hospitalar do Mário Gatti. Todos os médicos/residentes que testaram positivo estavam vacinados. Mesmo com a imunização, as pessoas podem contrair o coronavírus, mas desenvolvem formas leves da doença.
As duas primeiras pacientes identificadas com sintomas respiratórios na enfermaria ocupavam quartos diferentes. Foram colhidos materiais para investigação de Covid-19 e, por precaução, uma delas foi colocada em quarto privativo e sua contactante mantida em quarentena. A outra paciente, que possuía várias comorbidades e estava internada em estado grave havia cerca de 60 dias, morreu no mesmo dia em que foram identificados os sintomas respiratórios. O hospital investiga se a causa da morte foi por Covid.
Além de reforçar a necessidade de uso ininterrupto de máscaras cirúrgicas durante todo o período de trabalho, está sendo realizada a avaliação da presença de sintomas respiratórios em todas as equipes de saúde que atuam no setor, assim como acompanhamento do aparecimento de sintomas pelo período de 14 dias. Profissionais e alunos que apresentam qualquer sintoma respiratório são afastados e orientados quanto à necessidade de notificação da suspeita e coleta de exame.
Também foi reduzida, pelo período mínimo de 14 dias, a circulação de profissionais em treinamento na enfermaria. Outra medida foi a de evitar visitas coletivas didáticas e assistenciais aos leitos por duas semanas, além da utilização de proteção facial completa (touca, máscara cirúrgica, óculos de proteção ou faceshield), avental e luvas para cuidados de todos os pacientes da enfermaria que não tenham infecção por coronavírus confirmada. Para os pacientes com infecção confirmada, suspeitos ou em quarentena, foi recomendado o uso da paramentação completa.
Todos os pacientes internados na enfermaria estão sendo monitorados quanto à presença de sintomas respiratórios, e isolados sempre que sintomáticos. Seus contactantes permanecem em quarto privativo e em quarentena, até o resultado dos exames.
Foto: Fernanda Sunega/Prefeitura de Campinas/Arquivo