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Moraes quebra sigilo bancário de Bolsonaro e Michelle a pedido da Polícia Federal

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, participam do lançamento do Canal Educação e do Canal Libras, no Palácio do Planalto.

O ministro Alexandre de Moraes, membro do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Polícia Federal (PF) na noite de quinta-feira, 17, e aprovou a solicitação de quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Isso faz parte da investigação em torno do suposto esquema de comercialização de joias presenteadas ao ex-presidente em decorrência de seu cargo.

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Essa informação foi divulgada pela GloboNews. Essa ação foi tomada no contexto do inquérito da Operação Lucas 12:2, que realizou buscas contra aliados próximos do ex-presidente, incluindo o general Mauro César Lourena Cid – pai de Mauro Cid -, o advogado Frederick Wassef, representante legal do ex-presidente, e o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ao solicitar o início da primeira fase visível da investigação, a Polícia Federal indicou evidências de que o ex-presidente, seu ex-ajudante Mauro Cid e outros dois assessores de Bolsonaro “se envolveram em atividades para desviar presentes de alto valor recebidos pelo ex-presidente devido ao seu cargo, para posterior venda no exterior”.

Em um trecho do documento, a PF menciona uma mensagem na qual, segundo os investigadores, Mauro Cid “demonstra preocupação em utilizar o sistema bancário para transferir dinheiro ao ex-presidente e sugere a entrega dos fundos em espécie, através de seu pai”.

“Tenho vinte e cinco mil dólares com meu pai. Estava pensando no que fazer com esse dinheiro, se entrego em dinheiro vivo aí. Meu pai estava até disposto a conversar com o presidente (…) Então ele poderia levar. Daria a ele pessoalmente. Mas também é possível depositar na conta (…). Acho que quanto menos movimentação na conta, melhor, né? (…) “, afirmou Cid em uma mensagem enviada a outro assessor do ex-presidente em janeiro de 2023.

Essa medida foi tornada pública em um momento delicado para Bolsonaro. No mesmo dia, o ex-presidente foi diretamente implicado pelo hacker Walter Delgatti Neto, que prestou depoimento na manhã de quinta-feira à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os eventos de 8 de janeiro.

“Vermelho”, como é conhecido, colocou o ex-presidente no cerne de um plano para invadir as urnas eletrônicas, alegando que Bolsonaro até teria oferecido clemência em troca de invasão das urnas. Segundo o depoimento, Bolsonaro teria informado a Delgatti que tinha gravações comprometedoras do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e precisava que “Vermelho” assumisse a responsabilidade pelo crime.

Direto da Redação

Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA

Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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