“Não existe nada comprovando desvio de R$ 40 milhões”, afirma secretário

Foto: Reprodução/TV Hortolândia

O secretário de governo de Hortolândia, Carlos Augusto César, o “Cafu”, argumentou em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (20 de abril) sobre a investigação feita Polícia Federal na cidade durante a operação “Contágio”.

Segundo Cafu, o suposto desvio de dinheiro que é investigado pela Polícia Federal teria sido feito por empresas contratadas pela organização social (OS) que administra a saúde de Hortolândia, a Associação Metropolitana de Gestão (AMG). 

“A subcontratação da OS não é de responsabilidade da prefeitura. A prefeitura tem responsabilidade na contratação da AMG” – disse o secretário.

“Os contratos dela [AMG] com a empresa que serve alimentação pros funcionários, com o pessoal de limpeza, de lavanderia, de portaria, não é a prefeitura que fiscaliza” – completou. Ainda segundo Cafu, a obrigação da prefeitura é somente fiscalizar o serviço prestado nas unidades de saúde.

Desde maio de 2020, a AMG administra o serviço de urgência e emergência do Hospital Municipal Mário Covas, das três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Por conta da pandemia, a contratação foi feita com dispensa de licitação. O valor repassado para a AMG gerir a saúde por 180 dias (cerca de seis meses) é de mais de R$ 42 milhões. Atualmente, são repassados cerca de R$ 8,6 milhões mensalmente para a OS.

Ainda segundo Cafu, a Polícia Federal esteve no Palácio das Águas (sede do governo municipal) e na casa da ex-secretária de saúde da cidade, Mary Guiomar de Almeida Rocha. Mary era secretária de saúde da cidade na época da contratação. No dia 15 de maio daquele ano, Denis André José Crupe assumiu a secretaria após a saída de Mary.

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