A Polícia Federal de Campinas está conduzindo uma operação nesta quinta-feira (1º) contra uma quadrilha acusada de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Segundo a corporação, as transações ilegais realizadas pelos suspeitos alcançaram o valor de R$ 5 milhões em um período de três meses, entre março e junho de 2022.
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Os crimes cometidos pelos acusados incluem evasão de divisas (envio de dinheiro para o exterior sem declaração), fraudes em contratos de câmbio e operações irregulares em instituições financeiras.
A polícia detectou movimentações suspeitas em várias regiões do país, incluindo empresas de fachada, como uma empresa de transporte sem nenhum veículo registrado. Um total de 15 pessoas e 7 empresas estão sob investigação. Estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, e a Justiça autorizou o bloqueio de mais de R$ 16 milhões em bens e valores dos investigados.
No total, 94 policiais federais e 31 servidores da Receita Federal estão envolvidos nas buscas, que abrangem os estados de São Paulo e Pernambuco. Os mandados incluem as cidades de Campinas e Piracicaba.
A investigação teve início em março deste ano, com base nas informações obtidas durante a Operação Dollaro Bucato II, realizada em julho de 2022 também em Campinas. Por meio de análise de documentos e dispositivos eletrônicos, foi constatado um grande número de operações de crédito, débito e câmbio realizadas por pessoas físicas e jurídicas não autorizadas, incluindo transações com o continente asiático.
As atividades criminosas do grupo envolvem várias práticas, como movimentação de moeda estrangeira através do chamado “dólar-cabo”, câmbio de moedas no país, conversão ilícita de créditos lícitos em dinheiro em espécie, uso de empresas de fachada, operações de importação fictícias, uso de laranjas para ocultar patrimônio, uso de testas de ferro para se passar como dono de negócios falsos, pagamento de boletos em benefício de terceiros e emissão de notas fiscais sem lastro.
As penas para os crimes constatados durante a investigação, todos relacionados ao Sistema Financeiro Nacional, podem chegar a 26 anos de prisão. O nome da operação, “Clandestine Bank”, faz referência ao complexo esquema desenvolvido pelos investigados para realizar operações financeiras ilegais.
Direto da Redação
Henrique Amaral – TV HORTOLÂNDIA
Emissora Rede Brasil de Televisão
Imagem: Divulgação/Polícia Federal