O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas, enfrenta uma situação de superlotação extrema e suspendeu temporariamente o recebimento de novos pacientes adultos na Unidade de Emergência Referenciada (UER). A decisão foi comunicada nesta quarta-feira (5) às autoridades de saúde, incluindo a CROSS (Regulação de Urgência da Secretaria Estadual da Saúde), o DRS VII, o SAMU Campinas e o Corpo de Bombeiros.
Segundo a superintendente do hospital, Profa. Dra. Elaine Cristina de Ataíde, os pontos de observação da emergência chegaram a 500% de ocupação, enquanto a sala de clínica médica atingiu 200% e a sala de cirurgia do trauma, 300%. O excesso de pacientes, somado ao aumento da demanda espontânea e ao volume de encaminhamentos das Centrais Reguladoras, comprometeu a capacidade de assistência segura e eficaz.
Com a falta de espaço físico para novas macas e o risco de comprometer o atendimento adequado a casos graves, a direção do hospital solicitou a suspensão temporária das admissões de novos pacientes adultos até que a situação seja normalizada. “Não há mais espaço físico disponível para acomodar macas, nem pontos de cuidados para pacientes graves ou com indicação de internação”, ressaltou a superintendente na nota oficial.
A instituição informou que está adotando medidas internas para reorganizar os atendimentos e absorver parte dos pacientes já internados.
Impacto na rede de saúde
A paralisação temporária do HC da Unicamp, um dos principais hospitais de referência da região, pode sobrecarregar outras unidades hospitalares de Campinas e da Região Metropolitana, pressionando ainda mais o sistema público de saúde.