A Unicamp, situada em campinas, está planejando a confecção de 180 mil testes para o diagnóstico do novo coronavírus e está negociando o financiamento para testar em massa na nossa região. Os testes ainda não estão sendo realizados para toda a população, mas cerca de 300 já foram feitos e validados pelo leve (laboratório de estudos de vírus emergentes) do IB (instituto de biologia) da universidade, em colaboração com outros docentes da FCM (faculdade de ciências médicas).
Esse número foi possível com alguns insumos que o HC (hospital das clínicas) disponibilizava. Para chegar a 180 mil testes, a universidade precisa de R$ 12 milhões para a produção dos testes. A ideia é realizar cerca de 5 mil testes diariamente.
Na última quarta-feira (1º), a Unicamp conseguiu a habilitação para a realização do diagnóstico da covid-19 pelo Instituto Adolfo Lutz, mas precisa do financiamento do governo.
O reitor ainda afirmou que “em pouco mais de duas semanas desenvolvemos a capacidade de fazer o teste e solicitamos o credenciamento com o Instituto Adolfo Lutz. Fizemos o primeiro teste hoje e funcionou bem”, disse Marcelo Knobel. O exame funciona a partir da amostra do coronavírus do primeiro paciente infectado no país. Com isso, os pesquisadores iniciaram os procedimentos para ser mais ágil o diagnóstico.
O reitor também, afirmou que recebeu apoios diversos, além de inúmeras doações “agora, precisamos de financiamento para continuar fazendo a produção dos exames. Requer a importação de insumos cada vez mais caros e escassos no mercado internacional. Às vezes, conseguimos, mas não têm o voo por conta das linhas aéreas estão limitadas”, disse.
Repasse
Knobel ainda afirmou que o HC (hospital das clínicas) está em fase final para abrir cerca de 40 novos leitos de UTI (unidade de tratamento intensivo), mas que o repasse do governo ainda não chegou “estamos negociando, mas ainda não recebemos nada”, disse. Ele afirma que o custo da implantação de um leito de UTI é de R$180 mil e sua manutenção é de R$ 2,5 mil diariamente.
Além disso, Knobel afirmou que o IB (instituto de biologia) vem trabalhando na confecção de máscaras e respiradores para pacientes infectados com covid-19. “esse é o papel da universidade pública. A situação está ficando gravíssima. Sofreremos um caos. Estamos trabalhando para equacionar a questão”, disse.
Outro lado
O governo estadual foi procurado para comentar sobre o financiamento de tantos testes de coronavírus quanto para os leitos de UTI. Sobre os leitos, afirmaram: “a secretaria de estado da saúde está estudando e preparando esquema especial de gestão de leitos hospitalares, para dar prioridade à internação de pacientes com quadros respiratórios agudos e graves”.
Além disso, o governo afirmou que o sus paulista possui 57 mil leitos gerais e 3,5 mil de UTI. A pasta está realizando a ampliação de 1,4 mil leitos de uti para o atendimento de caos de covid-19 e outros mil estão em análise e poderão em breve ser ativados se houver necessidade, a exemplo dos 40 de UTI no HC, de Campinas.
Direto da Redação
Gabriel Falopa
TV Hortolândia