Campinas chega a quatro mortes e a 8,5 mil casos de dengue

A Secretaria de Saúde divulgou nesta quarta-feira, 15 de junho, novos dados de arboviroses em Campinas. Entre 1º de janeiro e 13 de junho deste ano, foram registrados 8.561 casos de dengue. No mesmo período foram confirmados nove casos de chikungunya (seis importados e três autóctones). Até o momento, não houve registro de casos de zika. 
 
Hoje foram confirmadas três mortes pela dengue. A primeira vítima é um homem de 84 anos, morador da região Sul. O óbito foi em 5 de abril em um hospital da rede privada. A segunda foi um homem de 41 anos, da região Norte, que morreu em 24 de abril em outro município. A terceira morte foi em 30 de abril, também na rede privada, e se trata de um homem de 77 anos, da região Leste. Com os novos dados, Campinas passa a contar com quatro óbitos pela doença. A primeira morte foi confirmada em maio e aconteceu em 7 de abril.
 
Trabalho ininterrupto
 
O trabalho contra as arboviroses realizado pela Prefeitura é ininterrupto. De 1º de janeiro de 2020 a 31 de maio deste ano, as equipes de saúde realizaram 1.443.677 visitas a imóveis para controle de criadouros. No mesmo período, 415.732 construções localizadas em áreas de transmissões foram nebulizadas e 109.793 toneladas de resíduos foram recebidos nos ecopontos da cidade. Além disso, foram coletadas 54.166 toneladas de resíduos despejados irregularmente na cidade e 10.436 toneladas de resíduos foram recolhidas em ações cata-treco de janeiro de 2020 até 31 de maio de 2022. 
 
A luta contra as arboviroses exige envolvimento de toda a sociedade e cada cidadão precisa fazer a sua parte, destinando corretamente os resíduos e evitando criadouros. Levantamento do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) aponta que 80% dos criadouros estão dentro de casa. 
 
Regiões
 
A região Sul é a que mais tem casos de dengue, com 1.962 registros. Na sequência estão as regiões Norte, Noroeste e Leste, com 1.954, 1.701 e 1.462 casos, respectivamente. A Sudoeste tem 1.396 confirmações. 
 
A coordenadora do Programa Municipal de Arboviroses, Heloísa Malavasi, explica que a prefeitura faz um trabalho intenso, mas a reposição de criadouros é muito grande “Isso dificulta a interrupção da transmissão. Muitas vezes uma área é limpa e poucos dias depois está cheia de resíduos novamente”, afirmou. 
 
Prevenção e sintomas
 
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.
 
Os sintomas da dengue são febre alta, dores nas articulações, nos músculos, atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas, perda de apetite, manchas avermelhadas, entre outros. 
 
Comitê
 
Em 2015, a Prefeitura de Campinas criou o Comitê de Prevenção e Controle das Arboviroses, que reúne 14 secretarias: Secretarias Municipais de Governo; Saúde; Educação; Serviços Públicos; Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Administração; Comunicação; Trabalho e Renda; Esportes e Lazer; Cultura e Turismo; Habitação; Relações Institucionais e Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos.
 
Também participam a Defesa Civil, o Serviço 156, a Rede Mário Gatti e a Sanasa. O comitê planeja continuamente as atividades de combate às arboviroses em Campinas.
 
No comitê, depois da discussão da situação epidemiológica da cidade, são desencadeadas as ações intersetoriais. 
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