A Unicamp vai implementar cotas para pessoas com deficiência nos seus colégios técnicos já no próximo processo seletivo. O Conselho Universitário (Consu) aprovou a medida, que entra em vigor tanto no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) quanto no Colégio Técnico de Limeira (Cotil), instituições que somam cerca de três mil alunos distribuídos em 34 formações técnicas de nível médio.
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Cada habilitação técnica reservará duas oportunidades exclusivas — ou 5% das vagas, em cursos com oferta ampliada — para candidatos com deficiência. A iniciativa segue o mesmo formato já aplicado na graduação desde setembro de 2024, com o objetivo de aumentar a presença de pessoas com deficiência no ensino técnico de excelência.
José Alves, coordenador executivo da Comvest — comissão responsável pelos vestibulinhos dos colégios — celebrou o avanço: “Os processos de entrada nesses colégios ainda excluem muitos estudantes com deficiência. Essa ação corrige essa falha e fortalece a inclusão.”
Cristiane Megid, diretora da Diretoria Executiva de Educação Básica e Técnica (Deeduc), reforçou o caráter de justiça social: “Falamos de uma instituição pública, inclusiva e comprometida com a transformação social. Oferecer formação de qualidade é essencial para garantir o acesso mais justo ao mundo do trabalho.”
Desde 2021, Cotuca e Cotil já adotam cotas sociais. Atualmente, 70% das cadeiras são reservadas para alunos oriundos da rede pública de ensino, e 35% são direcionadas a candidatos pretos, pardos e indígenas, com base nos dados populacionais da região. Com a nova política, a Unicamp reforça seu papel como referência em direitos humanos e equidade educacional.
No ensino superior, a universidade foi a primeira entre as estaduais paulistas a implantar reservas de vagas para pessoas com deficiência. Essa política passou a valer já em 2025, contemplando os estudantes que utilizam a nota do Enem como forma de ingresso.
Direto da Redação
TV HORTOLÂNDIA